UEA foi a instituição que mais cresceu na Região Norte, aponta RUF

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Universidade Estadual do Amazonas subiu 18 posições no RUF, voltando ao grupo das 100 melhores do Brasil, na 91ª colocação

 A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) subiu 18 posições no Ranking Universitário Folha (RUF), ficando em 91º lugar entre as melhores universidades do país e voltou ao grupo das cem primeiras, posto que ocupava em 2014.  A UEA, que no RUF 2015 estava em 109º lugar, foi a instituição que mais cresceu na Região Norte do país. O Ranking foi divulgado na manhã desta segunda-feira (19), pelo jornal Folha de São Paulo.

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Promovido pela Folha, o RUF avalia as universidades brasileiras a partir de cinco indicadores: pesquisa, internacionalização, inovação, ensino e mercado. A UEA melhorou em todos os indicadores, em relação ao ranking passado, o que levou a instituição a aumentar sua nota de 36,97, em 2015, para 46,49, em 2016. Foram avaliados 40 cursos de 195 universidades brasileiras.

  As análises são desenvolvidas por uma equipe da Folha de São Paulo, a partir da coleta de dados em bases de patentes brasileiras, de periódicos científicos, do Ministério da Educação (MEC) e em pesquisas nacionais de opinião promovidas pelo Datafolha. Em 2012, quando o ranking foi criado, a UEA ficou na 105ª colocação. Nos anos seguintes figurou em 101º (2013) e 77º lugar (2014).

“Este avanço resume todo um planejamento de gestão e o esforço coletivo do corpo docente”, disse o reitor da universidade, Cleinaldo Costa, para quem a conquista também é uma resposta à decisão do Governo do Amazonas  de apostar na universidade como saída para o desenvolvimento regional.

Ensino e Pesquisa – Os rankings de Ensino e Pesquisa estão entre os que mais avançaram. O Ensino saiu da 140ª posição em 2015 para 124ª em 2016. Entre os fatores que contribuíram está a revisão e atualização dos projetos pedagógicos de todos os cursos, entre 2015 e 2016. “Temos melhorado a qualidade dos nossos cursos, efetivado professores concursados e investido em laboratórios”, disse o reitor.

Outra novidade é a informatização da graduação, por meio do programa Pro-Inovalab Amazonas, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), que cria Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) para que alunos e professores possam ter acesso aos conteúdos e materiais didáticos por meio de tablets, computadores e smartphones. O processo iniciou pela Escola Superior de Ciências da Saúde e ano que vem chega a todas as unidades da capital e interior.

No ranking de Pesquisa, a UEA avançou 81ª para 72ª posição, com destaque para o avanço nos programas de Mestrado e Doutorado da instituição, a partir de parcerias com a Universidade de São paulo (USP), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que trouxeram para a instituição três cursos de doutorado e três de mestrado. Foram abertos ainda dois programas de mestrado locais, um em Ciências Humanas e dois em Recursos Hídricos. Nos últimos 12 meses, 170 professores foram liberados, por meio de Portarias, para mestrados fora e vários alunos enviados para programas de intercâmbio em universidades estrangeiras.

“Hoje a UEA é a universidade que tem mais projetos de pesquisas e acordos de cooperação técnica. São mais de 40 acordos assinados e diversos projetos de relevo”, afirmou o reitor. Como exemplo ele aponta dois acordos de cooperação com a universidade americana de Harvard – o Go Amazon, na área de Meteorologia, e o Global Surgical Challenge, na área cirúrgica – e o  Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia,  com suporte do BNDES.

Mercado – A UEA também tem melhorado sua relação com o mercado de trabalho ao longo dos anos. Para isto, foi importante a decisão do Governo do Amazonas em remodelar a oferta de cursos voltados para o Polo Industrial de Manaus (PIM) e para as vocações dos municípios no interior. Destaque para o Curso de Desenvolvimento de Games, ofertado pela Escola Superior de Tecnologia da UEA, em parceria com a Samsung, que resultou na criação de um moderno laboratório – o Ocean Center. Ainda nesta área foi criada uma pós graduação e o laboratório também  oferta cursos de capacitação para o mercado local.

Dentro da estratégia do Governo do Amazonas de formar mão de obra para atender às vocações e fortalecer a matriz econômica dos municípios,  vários cursos novos vêm sendo ofertados no interior, a exemplo do Tecnologia em Gestão Comercial, que este ano abriu vaga no vestibular para 32 municípios  e um curso de Agroecologia, exclusivo para indígenas de Tabatinga.

Em parceria com a Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), foi criado recentemente um Grupo de Trabalho, que visa a inserção dos profissionais da UEA no mercado. “Este grupo tem por objetivo pensar a oferta de carreiras, currículo mínimo e inserção no mercado de trabalho dos egressos da UEA, voltado principalmente para atender às demandas do PIM. Tudo isso em consonância com a atual política de fortalecimento da educação superior do governador José Melo”, concluiu o reitor.

Sobre a UEA –  Criada em 2001, a Universidade do Estado do Amazonas completou em agosto 15 anos. Possui mais de 25 mil estudantes regularmente matriculados na graduação e, também, na pós-graduação, mas já formou cerca de 40 mil apenas na graduação. É a maior universidade multicampi do País, ou seja, é a instituição de ensino superior brasileira com o maior número de unidades que integram a sua composição.

Em sua estrutura estão cinco Unidades Acadêmicas na capital (Escolas Superiores); seis Centros de Estudos Superiores e 12 Núcleos de Ensino Superior no interior do estado.