Vice-governador Henrique Oliveira anuncia obras de infraestrutura em Tabatinga

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Em comemoração ao Dia do Índio, celebrado nesta quarta-feira, 19 de abril, o vice-governador Henrique Oliveira esteve em Tabatinga (a 1.105 quilômetros de Manaus em linha reta), onde anunciou um série de obras de infraestrutura para o município, durante a solenidade de entrega de equipamentos e veículos realizada pelo ministro da Saúde interino, Francisco Figueiredo, ao Distrito Sanitário Especial Indígena do Alto Rio Solimões (DSEI), no Porto Voyager.

Entre as obras estão a reforma do Centro Cultural Presidente Lula e do Estádio Odim Viana, além da chegada do Barco Todos Pela Vida, da construção de um Centro de Ensino de Tempo Integral (Ceti) e do asfaltamento dos ramais Urumutum e Umariaçu 1 e 2, que irá facilitar o escoamento da produção agrícola e a locomoção de varias várias comunidades indígenas.

As obras fazem parte do pacote anunciado na última segunda-feira (17), no valor de R$ 1,675 bilhão, pelo governador do Amazonas, professor José Melo, para o biênio 2017/ 2018 que contemplará os municípios do Estado com obras relacionadas ao desenvolvimento logístico e econômico de cada região. “Para mim é um grande presente estar aqui hoje, trazendo essas boas notícias para Tabatinga, que são frutos de uma reunião do governador José Melo, com o prefeito Saul. Também é com muita felicidade que participamos dessa entrega que irá beneficiar a população indígena do município”, disse Henrique Oliveira.

Equipamentos e veículos – Durante a solenidade foram entregues 50 embarcações, 40 geradores e três veículos (pick-up), que irão aprimorar o atendimento da saúde de quase 1.650 famílias ribeirinhas e nove mil indígenas de 50 aldeias localizadas no rio Solimões, nos municípios de Tonantins, Santo Antonio do Içá, Amaturá, São Paulo de Olivença, Benjamin Constant, Tabatinga e Japurá. A população desses municípios é composta por sete etnias indígenas: Ticuna, Kocama, Kaixana, Kambeba, Kanamari, Witoto e Maku-Yuhup.

As pick-ups vão servir os Polos Base (unidades de apoio para o atendimento direto à população indígena) das comunidades Belém de Solimões, Betânia, Santo Antônio do Içá e Tonantins. Ao todo, o Ministério da Saúde investiu R$ 970 mil.

De acordo com o Ministro interino da Saúde, Francisco Figueiredo, a entrega dos equipamentos é fundamental para que a saúde do indígena seja respeitado, facilitando o seu acesso. “Hoje é um dia de festa, estarmos aqui no Dia do Índio. E o mais importante ainda é que já tem empenhado R$ 1,3 milhão para mais novas 52 lanchas que viabilizará a abrangência aos quase 70 mil indígenas desta região”.

Visita

Ainda no município de Tabatinga, a comitiva visitou a sala da parturiente indígena da Maternidade Celina Villacrez, vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (Susam). A unidade beneficia parturientes das etnias Tikuna, que é a maior tribo indígena do Brasil, Kocama, Kaixana, Kanamari, Kambeba, Witoto e Maku-Yuhup, todas predominantes da região do Alto Solimões.

Decoração – O diferencial da sala de parto para pacientes indígenas é que a mesma foi decorada por artistas indígenas da etnia Tikuna. Eles pintaram o local com imagens regionais que representam o dia a dia dos índios.

No local, as indígenas adotam as práticas e costumes tradicionais dos índios na hora do parto, como a utilização de cordas, rede e o acompanhamento com parteiras e também do esposo da gestante. Vale ressaltar a presença do profissional médico e da equipe de enfermeiros e técnicos durante todo o atendimento.

Unidade conta com tradutores Indígena – Um outro diferencial da Maternidade Celina Villacrez Ruiz é que a unidade conta com a ajuda de tradutores indígenas cedidos pelo DSEI do Alto Solimões (ARS/Sesai-MS) com a finalidade de auxiliar os pacientes indígenas. Os tradutores são especialistas na língua Tikuna, que é predominante entre os indígenas na região do Alto Solimões.

O DSEI Alto Rio Solimões atende a segunda maior população indígena do país, abrangendo sete municípios. A região concentra aproximadamente 65 mil índios de diferentes etnias, e de 227 aldeias.

FONTE E FOTOS: VALDO LEÃO/SECOM