Especialista alerta para casos de infecções respiratórias que aumentam em períodos de chuvas

Camila Bonfim

Para se ter uma ideia, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), as infecções respiratórias são a terceira causa mundial de morte em adultos

Infecções do trato respiratório estão entre as mais frequentes infecções humanas, sendo as do trato respiratório inferior muitas vezes letais, principalmente em pacientes hospitalizados. Épocas do ano onde a instabilidade do clima é mais frequente, como nos períodos chuvosos, diversas dessas infecções atingem centenas de pacientes. 

No entanto, para otimizar os procedimentos de tratamento dessas infecções, é muito importante a correta identificação do agente causador, assim como o conhecimento do padrão de sensibilidade desse agente diante dos diversos antimicrobianos, frequentemente, utilizados na prática médica. Para se ter uma ideia, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), as infecções respiratórias são a terceira causa mundial de morte em adultos, sendo a pneumonia a grande representante. 

De acordo com a médica generalista, Martha Batista Guimarães, durante o período da sazonalidade, aumentam de forma significativa, os casos de infecções respiratórias agudas, principalmente nos grupos de risco, formado por crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas ou imunidade baixa. “Tais infecções podem ter como causa diversos agentes, sendo o principal, o Vírus Sincicial Respiratório, daí muito comumente, receberem a denominação de viroses respiratórias”, disse.

Segundo a médica, a transmissão acontece por contato direto com secreções respiratórias de pacientes, como à tosse. “Os principais sintomas são: febre, sensação de garganta arranhando, além de espirros, obstrução nasal, rinorreia, estes estão sempre presentes. Crises de asma também costumam aparecer nesses casos”, completa.

O Ministério da Saúde explica que, para a redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, especialmente as de grande infectividade, orienta-se que sejam adotadas medidas gerais de prevenção, como: frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento ou após tossir e espirrar, utilização de lenço descartável para higiene nasal, cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca, não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas, manter os ambientes bem ventilados, evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza, e, principalmente, adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos. 

Já com relação a pacientes que apresentem sintomas de gripe, as principais formas de se assegurar que não terá quadro evolutivo é evitar sair de casa em período de transmissão da doença (até 7 dias após o início dos sintomas), restringir ambiente de trabalho para evitar disseminação, evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados. “Não existe tratamento especificamente direcionado para as viroses respiratórias e sim, medidas de suporte que podem diminuir o risco”, finaliza.

Fonte: F5 Comunicação