O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades. Este movimento começou nos Estados Unidos. A história do Outubro Rosa remonta à última década do século 20, quando o laço cor-de-rosa, foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, em 1990.
Todas ações eram e são até hoje direcionadas a conscientização da prevenção pelo diagnóstico precoce. Para sensibilizar a população inicialmente as cidades se enfeitavam com os laços rosas, principalmente nos locais públicos, depois surgiram outras ações como corridas, desfile de modas com sobreviventes (de câncer de mama), e etc.
A popularidade do outubro Rosa alcançou o mundo de forma bonita, elegante e feminina, motivando e unindo diversos povos em torno de tão nobre causa. Isso faz que a iluminação em rosa assuma importante papel, pois tornou-se uma leitura visual, compreendida em qualquer lugar no mundo. Cada ano vem aumentando a adesão ao movimento mundial “Outubro Rosa”, que visa chamar atenção, diretamente, para a realidade atual do câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce. O importante é, na realidade, focar este sério assunto nos 12 meses do ano, já que a doença é implacável e se faz presente não só no mês de outubro. No entanto, este mês é representativo para a causa, tornando-se especial e destacado dos demais.
#Depoimento:
“Com a notícia veio o medo e, em seguida, a força. Minha família foi meu porto seguro, para me ajudar a tornar as coisas mais leves.”
‘‘Tanta coisa aconteceu em tão pouco tempo, mas lembro de cada detalhe. Em novembro de 2011, em casa tocando nos seios percebi um nódulo, que me deixou preocupada, imediatamente procurei o Hospital em Tabatinga para fazer a mamografia, com ela veio a demora e a angustia da espera, estava confiante de que não seria nada mais grave, o resultado só viria em março de 2012, já em Manaus.
No dia 29 de março de 2012, recebi o diagnóstico de carcinoma invasivo. O chão se abriu. Chorei muito, me desesperei. Tivemos que fechar a casa em Tabatinga, me afastei do trabalho. Passado o impacto da notícia, busquei informações na Internet. Tive muito apoio da família maravilhosa e dos amigos incríveis que tenho. As coisas aconteceram muito rápido, no dia 25 de abril de 2012, fiz uma mastectomia radical no seio direito, eram nódulos na parte superior e na parte inferior, tinha a possibilidade de retirar parte do seio, e eu disse ao médico que tirasse tudo que fosse preciso, queria me livrar do problema. Em Julho de 2012, comecei o tratamento. Foram 8 sessões de quimioterapia, 32 sessões de radioterapia, as sessões de quimioterapia foram muito difíceis e dolorosas, foram meses difíceis, porem superados. Destaco que o amor e o carinho da família e dos amigos foram essenciais nesta fase em que fiquei muito sensível e isso me ajudou a não desanimar.
Dezembro de 2012, nove meses depois, chegou o fim do primeiro tratamento intensivo, agora o acompanhamento seria feito a cada 3 meses em consultas e exames periódicos e medicamentos por mais 5 anos. Estou em tratamento, desde então. Nunca desisti de lutar e quero viver muito ainda! Fé em Deus e sorriso no rosto!!!”
Tânia Ieda Luzeiro Castro – Funcionária pública.