Dia Mundial do Rim: Direitos de pacientes serão garantidos por lei aprovada pela ALE-AM

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ALE_ACRIMA2013Projeto de lei aprovado na Assembléia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), garante aos doentes renais crônicos mesmos benefícios dos deficientes

O projeto de lei que considera o doente renal crônico como deficiente para garantir os direitos assegurados na Constituição Estadual deve ser promulgado (publicado oficialmente) nos próximos dias pela Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM). Foi o que afirmou nesta segunda-feira (11) o autor do texto, deputado estadual Luiz Castro (PPS), antes da audiência pública que debateu os desafios da assistência aos pacientes com problemas renais crônicos, um dia antes do Dia Mundial do Rim, celebrado nesta terça-feira (12).

“O projeto de lei visa garantir aos pacientes renais crônicos que estão fazendo diálise ou hemodiálise os mesmos direitos das pessoas com deficiência, porque são pessoas que também têm uma vida limitada. Fazem o tratamento duas ou três vezes na semana e tem dificuldades de locomoção. Muitos deles já não conseguem mais caminhar, alguns ficam cegos, e não podem receber os mesmos benefícios dados aos demais deficientes”, assegurou Castro.

Aproximadamente 1,5 mil pacientes com doença renal crônica fazem tratamento de diálise em Manaus, conforme a Associação de Renais Crônicos do Amazonas (Arcam). O projeto de lei de autoria do deputado Luiz Castro (PPS) já foi aprovado e aguarda apenas promulgação na ALE-AM. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, atualmente, entre 90 mil e 100 mil pessoas no País passam por diálise, que é o tratamento que substitui a função dos rins.

Às vésperas do Dia Mundial do Rim, celebrado nesta terça-feira para chamar a atenção da população sobre a doença renal crônica, durante a audiência pública promovida na manhã desta segunda-feira na ALE-AM, também foi colocada em discussão a demanda de pacientes no Amazonas que estão na fila de espera por transplante de rins e as dificuldades enfrentadas por quem é transplantado.

O vice-presidente da Arcam, José Porfírio Bessa, 61, há 18 anos faz o tratamento de hemodiálise. Segundo ele, um dos problemas enfrentados por quem passa pelo transplante de rins é o pós-operatório. De acordo com a Arcam, o transplante é realizado pelo hospital Santa Júlia e os pacientes deveriam continuar recebendo assistência médica na mesma unidade hospitalar após o transplante, o que não ocorre. “Isso está previsto em lei federal. Onde o paciente recebe o transplante deve receber o pós-operatório”, disse José Porfírio.

Durante a audiência pública, a coordenadora estadual de transplantes, Leny Passos, também ressaltou que apenas uma equipe com três profissionais faz os transplantes de rins no Amazonas e este é um desafio para o atendimento da demanda de pacientes que aguardam o procedimento. “Precisamos da formação de novas equipes”, afirmou.

Fonte: acritica

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