No Outubro Rosa, especialistas alertam sobre prevenção do câncer de mama

Camila Bonfim

Conhecido mundialmente por atingir pessoas de qualquer classe, cor, gênero ou raça, o câncer, ou neoplasia maligna é o nome dado a doenças caracterizadas pelo crescimento desordenado de células que invadem tecidos vizinhos do corpo humano ou de distância do foco inicial, caracterizando metástases. Nesse sentido, foi criado na década de 90, nos Estados Unidos, o movimento Outubro Rosa, para chamar a atenção da população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, o mais incidente entre as mulheres no Brasil e no mundo.

Conforme o especialista em mastologia do Grupo Hapvida, Edison Pedrinha, em sua fase inicial, a doença normalmente é assintomática, no entanto, alguns de seus sinais notáveis são nódulos palpáveis na mama, retração de mamilos ou alterações da pele das mamas.

“O diagnóstico do câncer de mama é feito por biópsia, mas a identificação das lesões é feita por exame físico e de imagem. Dentre estes, podemos citar a mamografia, que é o principal meio de rastreamento de lesões iniciais e a ultrassonografia mamária”, explica.

A detecção precoce aumenta as chances de um tratamento mais eficaz e, consequentemente, a cura. Recomenda-se que as mulheres façam o toque das mamas sempre que necessário.

O médico ressalta ainda que, embora o câncer de mama acometa principalmente as mulheres, 1% dos casos ocorre em homens. “Não existe prevenção primária ao câncer de mama, mas algumas medidas podem reduzir o risco da doença, como evitar obesidade, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, consumo de alimentos ricos em gorduras e uso de hormônios sem recomendação médica”, alerta o especialista.

Embora não tenha uma causa única, o câncer de mama pode ser adquirido por diversos indicadores, como idade, história reprodutiva, fatores genéticos e hereditários. Mulheres com idade a partir dos 50 anos são mais propensas a desenvolver a doença.

Dados disponibilizados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão subordinado ao Ministério da Saúde (MS), indicam que o câncer é a terceira maior causa de mortes no país, sendo 11,84% do total dos óbitos, e a segunda doença que mais mata, sendo 27,63% do total, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares. Para se ter uma ideia, somente este ano, o câncer de mama, no Amazonas, já tirou a vida de 60 pessoas, segundo registros da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon).

Estrutura

O Ministério da Saúde estima que por meio da boa alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. 

Fonte: F5 Comunicação