É guerra: um país lutando contra o mosquito Aedes aegypti.

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zika materiaAutoridades brasileiras estão em alerta máxima depois da confirmação de 4 casos de zika vírus na cidade de Letícia

Como se já não bastasse a crise política e econômica que o Brasil enfrenta, neste momento, uma crise na saúde. Ela se manifesta numa epidemia de três doenças transmitidas por um mosquitinho que está pondo em xeque o sistema de saúde pública e a capacidade dos gestores públicos de administrar a situação.

A história é antiga e se repete todos os anos, mas desta vez o alerta vermelho foi ligado e as ações de prevenção devem ser reforçadas em todo espaço existente. Precisamos combater os criadouros do mosquito Aedes Aegypti, vetor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus.

O combate ao Aedes aegypti se mostrou ineficiente desde que a dengue começou a se disseminar no país, atingindo hoje a praticamente todo o território nacional. A rede de saúde pública também demonstrou sua precariedade para atender as pessoas acometidas desse mal.
Assim sendo, não resta hoje, ao poder público, diante da calamidade, a não ser apelar para os cidadãos no sentido de combater o mosquito, cujos criatórios, segundo essas mesmas autoridades, se localizam em 86% dos casos dentro das residências.

Entretanto, não só de dengue vive o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. Ele é, também, responsável pela transmissão da febre chikungunya e o vírus zika, que ao infectar gestantes pode causar aos bebês a má-formação conhecida como microcefalia.
Um vírus silvestre se adapta a um inseto urbano e este se espalha pelas cidades. O Aedes aegypti virou um animal doméstico que transmite, além da dengue, a febre chikungunya e o zika vírus. As maiores incidências dessas doenças estão na cidade vizinha Leticia.

Os dados são alarmantes e, mais do que a dengue e a chikungunya, a maior preocupação tem sido com o alto índice de crianças nascidas com microcefalia, principalmente na região do Nordeste brasileiro. O zika vírus infectou ao menos meio milhão de brasileiros neste ano, de acordo com a estimativa mínima do Ministério da Saúde, embora em Tabatinga não existam casos confirmados do zika vírus, a cidade de Leticia preocupa as autoridades brasileiras, pois até agora já contabilizam 69 suspeitas e 4 casos já confirmados.

O fato é que a epidemia de dengue, chikungunya e zika só irá diminuir caso a população mude de atitude, que envolve uma meta fácil: não permitir que haja água parada em pneus velhos, vasos de plantas, ralos e caixas d’água destampadas. É em meio ao caos que a população tem que mostrar sua força. É preciso denunciar criadouros, entrar em imóveis fechados ou abandonados e acabar, de uma vez, com o que causa as três doenças: o mosquito.