Tabatinga 234 anos de história

Vinte e oito anos de emancipação política, trouxeram a cidade desenvolvimento e progresso, quer no campo estrutural quer no campo social, assim como outras conquistas sócio-culturais, mas nem por isso podemos desprezar a rica história que nos antecede.

Somos sucessores da próspera nação omagua que habitou originalmente este território. Vários cronistas do século XVI e XVII informam em seus relatos a riqueza e abundância aqui existente, no período pré-colonial. Por conta da insanidade explorativa do conquistador restam apenas os registros destes habitantes, senhores da várzea do Gran Aparia, que compreendida a área do Napo a foz do Jandiatuba.

Durante a união ibérica a chegada dos franciscanos espanhóis Domingos de Brieva e Andrés de Toledo a Belém em uma canoa vindos de Quito, alertou o governo português do Grão-Pará sobre a presença espanhola na Amazônia, fato preponderante para determinar a execução da expedição de Pedro Teixeira, em 1637 que tomou posse dessas terras em nome da coroa portuguesa. Posse esta ratificada em 28 de julho de 1866 pela Comissão de Limites.

Posteriormente, o próprio Mal Rondon, ícone do Exército Brasileiro inaugura o marco divisório na margem do Igarapé Santo Antonio, linha divisória Brasil/Colômbia.

Para evitar as constantes invasões castelhanas ao território luso, foram erigidos diversos fortes entre eles o de São Francisco Xavier de Tabatinga, fundado em 1776 pelo Sargento-Mor Domingos Franco, ao lado de uma aldeia fundada por Jesuítas, provavelmente em 1710, segundo registrou Antonio Porro em “As crônicas do Rio Amazonas”. Esta fortificação dura até 1932 quando as águas do Rio Solimões destroem este aquartelamento. E o Forte, portanto, o primeiro marco da presença luso/brasileira neste sítio e origem da atual cidade de Tabatinga.

Desde seus primórdios, a ocupação humana em Tabatinga (civil e militar) tem assumido o importante papel de controle e defesa do território brasileiro, particularmente, pela sua localização estratégica. Por isso, em 20 de abril de 1967 é criada a Colônia Militar de Tabatinga, com a finalidade de “nacionalizar as fronteiras do País; criar e fixar núcleos de população; promover o desenvolvimento e manter a segurança da área pela vigilância permanente”.


A presença missionária também é antiga e, sabe-se que, em Tabatinga, desde o ano de 1873, havia uma igrejinha de alvenaria, junto ao Forte, dedicada a São Francisco Xavier. Os missionários mantinham uma ótima relação com os oficiais e praças daquele Pelotão Independente, várias vezes ao ano, ali estavam para dar assistência religiosa aos militares e civis. A capela de Nossa Senhora de Nazaré foi construída pelo Revmo.Pe.Frei Silvestre de Pontepattoli juntamente com os militares, quase todos paraenses e devotas de Nossa Senhora… Monsenhor Tomas e Frei Silvestre, acalentavam a idéia da construção de uma capela dedicada aos Santos Anjos no marco brasileiro e, em 1949 o Revmo.Pe.Frei Felipe a construiu a margem esquerda do Rio Solimões.

Tabatinga e Benjamin Constant originalmente estavam integrados ao Município de São Paulo de Olivença e com a criação do Município de Benjamin Constant, Tabatinga passou a pertencer administrativamente, como subdistrito, a Benjamin até 10 de dezembro de 1981, quando então passou a condição de município, que foi instalado em 1° de fevereiro de 1983.

Contar a trajetória dos 28 anos de emancipação é falar sobre a conquista e sonhos realizados, sobre expansão populacional, sobre o fortalecimento das instituições, sobre a instalação definitiva do Ensino Superior e sobre tudo a visão de um futuro mais promissor com a criação do Território Alto Solimões.

PARABÉNS TABATINGA!!!

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